09/10/2018

História e linha de tempo da evolução das canetas

Instrumentos de escrita desenvolveram-se lenta e gradualmente  ao longo do tempo para se adaptar ao que era disponível para a fixação dos registros. De início foram usados madeira, ossos e pedras para as gravações. Os Sumérios nos legaram muita história escrita em placas de argila gravadas com estiletes cuneiformes.

Depois, com o papiro, pergaminho, papel e tintas os instrumentos começaram a ser modificados por artesãos e inventores, porem limitados aos materiais conhecidos e ferramentas utilizadas. Materiais como penas de aves e caniços, pelo seu formato natural oco, se mostraram de uso adequado pela facilidade de moldar pontas e mergulho em tintas.


A caneta foi tomando forma e em algum momento foi projetada com um corpo conectado a um aparo substituível. Primeiramente estes aparos eram de penas de ganso e aos poucos os aparos metálicos foram sendo introduzidos.

Estas antigas canetas funcionavam com a repetição de imersão de sua ponta na tinta (dip pen). Penas de ganso precisavam ser apontadas ou substituídas e aparos metálicos se desgastavam no processo. Usava-se cobre, aço, ouro e prata, mas mesmo metais preciosos eram sujeitos a desgaste. Os problemas eram evidentes, porem as soluções ainda dependiam de avanços tecnológicos e novas descobertas de materiais. Exemplo disto é a caneta descrita pelo inventor alemão Daniel Schwenter em 1636 em uma revista, com duas penas, uma dentro de outra servindo de reservatório. Demonstra que idéias havia,  porem a tecnologia e materiais disponíveis na época não ajudava.

Foi só a partir do século XVIII que começaram a surgir projetos e manufaturas de instrumentos mais elaborados, porem ainda não o suficiente para um desenvolvimento consistente. Vale mencionar a caneta de "pena sem fim" desenvolvida entre 1707 e 1715 pelo engenheiro, inventor e artesão francês Nicolas Bion que já incorporava um reservatório e alguns consideram um marco significativo do processo do desenvolvimento e criação da caneta tinteiro (fountain pen). Bion  era da corte de Luis XIV e construía instrumentos científicos.

No início do século XIX foram isolados os chamados metais platinóides (ródio, paládio, ósmio e irídio). O irídio foi descoberto pelo inglês Smithson Tennant em 1804. Estes metais se mostraram bastante duros e resistentes em variadas ligas. Não tardou para que fossem utilizados nas pontas dos aparos das canetas. De início, em 1822, dois joalheiros londrinos (Rose e Doughty, inventor e executor) haviam desenvolvido um meio de engastar na ponta dos aparos duas pequenas pedras de rubis. Porem, na mesma época, com a descoberta dos platinóides e suas ligas passou-se a utilizá-los da mesma forma que os rubis o foram e  em meados do século já havia muitos fabricantes de aparos com ponta de irídio e este sim foi um acontecimento marcante.

Paralelamente, tentava-se prover o corpo das canetas de um reservatório e melhorar a técnica de descida da tinta. O efeito da capilaridade ainda não era de todo dominado pelos inventores e isto era um grave problema, ou uma barreira imensa a ser contornada. Há várias patentes de canetas tinteiro nesta época.

Em 1819, John Sheffer, de Birminghan, patenteou um instrumento de escrita o qual batizou de "Penógrafo" que é considerada a primeira caneta com tinta permanente. Em 1832, o inglês John Jacob Parker patenteou uma caneta com reservatório de pistão helicoidal. O maior problema passou a ser a solução para  se evitar os vazamentos da tinta. Para tanto era necessário aprender mais sobre capilaridade e desenvolver um mecanismo mais simples de saída da tinta e entrada de ar.

No século XIX a cidade inglesa de Birminghan era o centro mundial de fabricação de aparos com ponta de irídio e canetas de aço. Em 1858, Richard Esterbrook migrou da Inglaterra para os EUA levando artesãos de Birminghan para construir sua pioneira fábrica de canetas na América que ali se tornaram populares pelo preço acessível e também pela qualidade, robustez  e fácil manutenção. Suas penas eram rosqueáveis, o que facilitava a substituição.

Foi só em 1884 que o americano Lewis Edson Waterman inventou uma caneta confiável e que incorporava o melhor que a tecnologia oferecia naquele momento, alem de um sistema de condução da tinta em sulcos que também ofereciam caminho para a entrada de ar. Sua caneta, chamada de "Regular" é apontada como a primeira caneta tinteiro com reservatório funcional e é a marca de uma nova era. Porem, este reservatório ainda precisava ser cheio por um conta gotas (eye-dropper) ou seringa.

A patente de Waterman mostra a secção transversal do condutor com sulcos.


Mecanismos de auto enchimento incorporado nas canetas (self filler) passaram então a ser pesquisados. Para tanto, reservatórios de borracha se tornaram fundamentais. Em 1897, Roy Conklin registrou a patente de um dispositivo chamado “Crecent filler”. Era um reservatório de borracha (rubber sack) acionado por um arco com aspecto de lua crescente colocado de forma a ser pressionado na parte externa da caneta. Com a pena mergulhada na tinta, pressionando este arco o mecanismo comprimia o saco de borracha e depois de soltá-lo a expansão da borracha sugava a tinta para seu interior. Este mecanismo é o, ou um dos primeiros “self filler”. Daí em diante, vários mecanismos de enchimento (botão, êmbolo, touchdown, pump filler, snorkel, coin filler, vacumatic, aerométrico com saco de plástico ou “pli-glass”, pistão ou conversor, etc) foram desenvolvidos e incorporados pelos diversos fabricantes em suas canetas.

Outros tipos de mecanismos visando a melhoria operacional das canetas passaram a compor esta evolução, como o cartucho (em vidro) da Eagle em 1890, a “lucky curve” (para evitar que a tinta suba pelo aparo quando a caneta está em repouso) da Parker em 1894, o aparo retrátil da Moore em 1896, barra de compressão, que compunha o sistema de enchimento por alavanca lateral (lever filler) da Sheaffer’s em 1908, dentre muitos outros no final do século XIX e início do XX.

A grande revolução, entretanto, ainda estava por acontecer. A primeira patente da caneta esferográfica foi obtida pelo americano John J. Laud em 1888. Entretanto a moderna esferográfica (ballpoint pen) nasceu da patente do húngaro László J. Biró em 1938. A ponta desta caneta é uma esfera metálica que ao rolar sobre o papel deposita a tinta que ocupa um reservatório, simples assim. Esta patente foi obtida em Paris, mas Biró emigrou para a Argentina onde se naturalizou e começou a fabricar suas canetas “Birome”. Em 1944 a Eversharp adquiriu a patente de Biró para fabricá-la nos EUA e em 1949 o francês Marcel Bich fez o mesmo para a Europa. Bich teve maior sucesso e popularizou sua comercialização a partir da França (nos EUA as esferográficas “Bic” foram introduzidas em 1959) com um produto tão simples e barato que era descartável após o término da tinta e praticamente monopolizou sua comercialização. Nos EUA a esferográfica mais vendida a partir de 1945 era fabricada por Milton Reynolds.

A patente de Biró com o detalhe da ponta com esfera.

Hoje muitos outros modelos e tipos de canetas estão disponíveis no mercado, como por exemplo a rollerball, porem nenhuma ainda ameaça o domínio das esferográficas. Ainda assim, a maior parte dos fabricantes mais tradicionais das canetas tinteiro continuam a fabricar suas belas e boas canetas e outros mais se somaram neste filão, pois a demanda por seus produtos ainda é grande, seja pelo apelo a um produto de maior valor material ou pelo prazer de escrever de uma forma tão tradicional. Alem da comercialização de canetas novas, criou-se um grande mercado paralelo para colecionadores de canetas antigas que praticamente fez desaparecer a disponibilidade destes produtos para aficionados comuns. Como estas canetas foram fabricadas com materiais e técnicas artesanais para serem muito duráveis elas ainda funcionam depois de dezenas de anos de uso e são portanto objeto de desejo e muito procuradas por estes colecionadores o que inflaciona seu preço. Dentre as fabricadas hoje é possível comprar boas canetas tinteiro por preços acessíveis ainda que canetas de valores mais elevados de marcas famosas continuem a ser produzidas e remodeladas.

Cronologia

Caneta
Ano
Pessoas/Empresas
Evento
País
Dip pen
...
...
Aparos de metal
...
?
1636
Daniel Schwenter
Duas penas
Alemanha





Fountain pen
1715
Nicolas Bion
Plume sans fin
França

1819
John Sheffer
Penógraphic
Inglaterra

1804
Smithson Tennant
Irídio
Inglaterra

1822
Rose/Doughty
Engaste de rubis
Inglaterra

1832
John J. Parker
Pistão helicoidal
Inglaterra

1858
Richard Esterbrook
Nova fábrica
EUA

1884
L.E. Waterman
Regular
EUA

1890
Eagle
Cartucho
EUA

1894
Parker
Lucky curve
EUA

1897
Conklin
Crecent filler
EUA

1894
Moore
Pena retrátil
EUA

1908
Sheaffer’s
Barra compressão
EUA





Ballpoint pen
1888
John J. Laud
Primeira patente
EUA


1938
László Biró
--------------------->
Projeto
Patente
Birome
Hungria
França
Argentina

1944/1949
Eversharp/Marcel Bich
Compraram a Patente de Biró
EUA/França

Reservatório de tinta de canetas tinteiros

Sistemas de enchimento

Até 1883, as canetas não possuíam reservatórios de tintas acoplados, apesar de haver idéias, patentes e até protótipos de dispositivos com esta finalidade, mas o desempenho não era bom. Em 1884, L.E.Waterman começou a produzir a primeira caneta com reservatório funcional e desempenho aceitável. É considerada então a primeira caneta tinteiro (fountain pen) com reservatório do mercado. Porem esta caneta era abastecida de tinta através de um conta-gotas (eye-dropper). Faltava ainda um mecanismo próprio (self filling) de enchimento das canetas. Em 1897, Roy Conklin registrou a patente de um dispositivo chamado Crecent filler. Era um reservatório de borracha (rubber sack) acionado por um arco com aspecto de lua crescente colocado de forma a ser pressionado na parte externa da caneta. Com a pena mergulhada na tinta, pressionando este arco o mecanismo comprimia o saco de borracha e depois de soltá-lo a expansão da borracha sugava a tinta para seu interior. Este mecanismo é o/ou um dos primeiros self filling. Daí em diante, vários mecanismos de enchimento foram desenvolvidos e incorporados pelos diversos fabricantes em suas canetas. Os principais são os seguintes:

1-Com uso de saco de borracha ou plástico:

1.1-Crecent Filler;

1.2-Alavanca lateral (Lever Filler);

1.3-Botão;

1.4-Aerométrico: saco de plástico (Pli-glass) introduzido pela Parker 51 em 1941;

1.5-Pneumático (Snorkel e Touchdown).

2-Vácuo:

2.1-Diafragma (Lockingdow Filler, Speedline Filler e Plunger Filler);

2.2-Êmbolo (Vacuum Fill).

3-Pistão: conversores (em uso na maioria das canetas atuais). 

4-Célula coletora plástica (Parker 61): enchimento por capilaridade (fora de uso).

5-Cartucho descartável: concomitantemente com conversores ou não. Observação: Existem Canetas Rollerballs que usam cartuchos universais e/ou conversores de canetas tinteiro.

Parker

Parker Pen Company - fundada em 1888: canetas tinteiro.


Parker Duofold – 1921

Parker Vacumetic – 1933

Parker 51 
-1939/40: desenvolvimento – Nome: 51° aniversário da empresa.
-1941: início da comercialização.

Parker 21 – 1948: caneta parecida com a 51 mas bem mais barata.

Parker 41 – 1956: intermediária entre a 21 e 51 – fabricada por apenas 2 anos (até 1958). Apelidada de Debutante.

Principais diferenças entre os modelos 21, 41 e 51: A tabela abaixo mostra algumas diferenças gerais, porém não devem ser tomadas como base absoluta pois a identificação destas canetas nem sempre é trivial.

Componente
Parker 21
Parker 41
Parker 51

Pena

Octânio
Octânio
Ouro
Jóia na tampa
Não tem
Plástica preta
Madrepérola
Material da tampa
Diversos
Aço escovado
Diversos
Mecanismo de Enchimento
Aerométrico
Aerométrico
Vacumetic e Aerométrico

Outras:

Parker 61 – 1956: sem mecanismo de carregamento. Enchimento por capilaridade. Este sistema foi depois abandonado e substituído por conversor.

Parker 45 – 1960: primeira caneta com cartucho descartável.

Parker 75 
-1964: caneta de luxo
-1965: Spanish Treasure Cicelé – feita de prata recuperada de galeões espanhóis naufragados em 1715.

Parker 65 
-1967: igual a 61, mas com pena descoberta. Feita só na Inglaterra.
-1969: a capilaridade da 61 e 65 foi descontinuada. Substituido por cartucho conversor.

Parker 35 – 1979: Baby 75.

Parker 71 – protótipo da 61.

Parker 88, 100, ...

Parker 51 - Estilos

As Parker 51 foram fabricadas em muitos estilos e os aficionados normalmente classificam estas canetas em quatro estilos básicos. Porem há duas versões desta classificação. Primeira: começam com as Vacumetic como MK I. Segunda: inicia com a vacumetic e segue com MK I para as primeiras aerométricas. Segue abaixo a classificação segundo a primeira versão:

Mark I

1941 a 1948: enchimento vacumetic. Possuem duas jóias (Jóias Duplas). Uma no topo da tampa cega do corpo e outra no topo da tampa.

MK I-A

1941: “Mark 0”-First Year: jóias de alumínio e enchimento speed filler (alumínio).
1942/48: jóias de madrepérola e enchimento plunger filler (plástico). Diamante azul no clipe curto. Existe também um modelo Standard com jóia simples. A tampa cega é arredondada (sem jóia). Há canetas falsificadas, transformadas em jóias duplas a partir do modelo Standard.

MK I-B

1947/48: clipe longo e sem diamante azul.

Mark II

1948 a 1972: enchimento aerométrico. Forma do corpo arredondada.

MK II-A

1948 a 1949: clipe longo (4,2 cm). Enchimento, apertar 6x.

MK II-B

1950 em diante: clipe curto (3,5 cm). Enchimento, apertar 4x.

MK II-C

Clipe ainda mais curto, com menos penas e logotipo "halo" na tampa.

Mark III

1969 a meados dos anos 70. Características parecidas com a Parker 61: clipe longo, corpo angulado (abandonou-se a forma de charuto). Jóia de plástico.

Mark IV

Década de 1970. Jóia de metal e anel da seção mais largo. Último modelo de série da Parker 51.


Parker 51 – Special


Em 1950 foi lançada uma 51 mais barata, batizada de Special, com pena de octânio, mecanismo de enchimento em U igual a 21, tampa em aço e jóia de plástico preta. Em 1957 passou a ser chamada Standard.

Parker 51 Special Edition - 2002

Edição limitada.

Obs: Tampa dourada: significado da gravação: “1/10 12 Kgf” = 1/10 do peso da tampa (excluindo clipe, jóia e parte interna) em ouro 12 kilates. Gold filled - folheada em ouro.

Parker 21 – Estilos

Apelidada de caneta do estudante, foi criada para concorrer no mercado das canetas mais baratas (faixa de 5 dólares). Começou a ser comercializada em 1948 e foi descontinuada em 1965. Foram fabricadas em variados modelos, cores, formatos de componentes e materiais diversos. Usava pena de octânio e mecanismo de enchimento aerométrico de pressão em U, com reservatório de saco de plástico. A literatura dedicada a elas é escassa, daí ainda haver versões diferentes sobre detalhes e datas de sua história evolutiva. Normalmente são divididas em dois estilos, em função de projetos construtivos distintos:

Mark I

1948 a 1951: Aparo não tubular de octânio, seção da concha mais larga e maior que a da 51, clipe tipo cumeeira e calha (ou cumeeira invertida), tampa sem jóia e com data marcada no corpo. Estas canetas apresentaram problemas de funcionamento. Após algum tempo sem uso a tinta secava, alem de borrar e vazar. Foi preciso então desenvolver um outro projeto. 

Mark II

1952 a 1965: A concha e as partes internas foram re-projetadas e diferentes formatos de clipes foram usados ao longo do tempo. Não possuem marcação de data. De início havia três versões destas canetas:
-De Luxe, com clipe folheado a ouro;
-Custom, com tampa folheada a ouro;
-Special, modelo básico.

Em meados dos anos 1950 surgiu o modelo Super 21, com partes iguais da Parker 41, com clipe estampado com a flecha e também com clipe em formato de flecha que depois seria usado na Parker 45. Há ainda um modelo Super 21 Flighter, toda em aço. Por usarem peças da 41, podem ser encontradas nas cores vivas características daquele modelo. Devido as suas partes serem geralmente intercambiáveis (com exceção das peças modificadas de um projeto para outro), a datação destas canetas são sempre suspeitas.

Parker 61 - Estilos

Em 1956 a Parker introduziu no mercado o modelo "61", com design parecido ao da "51" mas com um revolucionário sistema de enchimento automático, sem mecanismos móveis, usando o principio da capilaridade para abastecer o reservatório de tinta. Era composto de um tubo revestido de teflon e bastava submergir a extremidade dele no recipiente para que a tinta fosse sugada para seu interior e ali mantida por uma bobina plástica especial. Entretanto, com o tempo este sistema não foi bem avaliado pelos usuários, principalmente pela dificuldade de limpeza devido a entupimento quando deixada por algum tempo sem uso. Então após 13 anos este sistema foi abandonado e substituído pelo cartucho e/ou conversor para continuar no mercado por outros 13 anos mais.

Estas canetas foram classificadas em três estilos gerais, quais sejam:

MK I

1956/1962 - Enchimento capilar, jóias dupla (nas extremidades da tampa e do corpo) e ponta de flecha engastada na concha.

MK II

1962/1969 - A diferença está no tamanho da tampa e do anel intermediário. A MK II possui tampa de 60 mm (2 mm menor) e o anel intermediário mais espesso. Sistema de enchimento ainda capilar.

MK III

1969/1982 - Foram  fabricadas com sistema de enchimento com conversor destacável para poder ser usada também com cartucho. A fixação do clipe na tampa também foi modificado.

Obs:

Existe um modelo fabricado na Argentina entre 1969 e 1976 com características muito particulares e que não permitem classificá-las em nenhum dos estilos mencionados. Foram fabricadas com sistema de enchimento aerométrico e na concha não há uma seta engastada e sim dois pequenos pontos metálicos (dots). Na tampa ostenta a gravação 61 e MK II. Entretanto MK II são consideradas canetas fabricadas entre 1962 e 1969 e ainda capilares e as posteriores, MK III, possuem conversor ou cartucho e não bombas aerométricas.