22/10/2022

Reynolds, uma lenda viva

O húngaro Lászió Biró patenteou a esferográfica em 1938 e chegou a produzir a caneta Birome na Argentina, mas foi o americano Milton Reynolds quem protagonizou os primeiros sucessos de venda em 1945 nos EUA. Biró havia vendido os direitos de sua patente em 1944 para a Eversharp, mas Reynolds modificou o projeto original que funcionava por capilaridade por outro que funcionava por gravidade, usando uma tinta mais fluida. Assim se protegeu dos direitos de patente alheio e se antecipou à Eversharp no mercado americano, mas gerou problemas de qualidade no produto, pois as canetas vazavam.

Mais tarde, em 1949, Biró vendeu os direitos para o francês Marcel Bich, que lançou em 1950 sua versão BIC na França. O sucesso foi imediato e permanece até hoje. Uma caneta de qualidade, durável e tão barata que é descartável após o término da tinta. Só em 1959 as BIC entraram no mercado dos EUA.

Reynolds também expandiu seu negócio para a França e a Índia. A fábrica americana foi fechada em pouco tempo e a produção ficou concentrada na Europa e Ásia. Milton Reynolds vendeu sua participação na empresa, se mudou para o México e passou a se dedicar a outros negócios. Mais recentemente a fábrica francesa também foi encerrada e hoje sobrevive apenas a Indiana, onde o mercado é ainda dominado pela marca e agora pertence ao conglomerado americano Newell Brands Inc., que também é dono da Parker e Waterman, dentre outras.

Apesar de pouco conhecida atualmente, a Reynolds é considerada um ícone pelo pioneirismo e história, sendo a marca sobrevivente de canetas esferográficas mais tradicional do mercado e ainda pode ser encontrada e comprada para uso. É só procurar!