Muitos aficionados e colecionadores de canetas têm preconceito com as marcas chinesas, apesar de alguns indicarem como boa alternativa para iniciantes, devido ao baixo preço.
Entretanto, algumas marcas chinesas já estão no mercado há quase 100 anos e podem ser consideradas tradicionais e de qualidade. As mais conhecidas no Brasil são a Hero e Jinhao.
O grande problema são as vergonhosas falsificações. Canetas icônicas de marcas famosas como as "51" e "Duofold", por exemplo, também são costumeiramente alvo de réplicas e imitações, mas as falsificações ultrapassam o razoável e as Montblanc são as preferidas. Tudo é copiado, desde o logo da marca até o número de série. O modelo 149 "fake" é vendido nos sites por menos de U$30,00 com frete incluso. A diferença de preço é astronômica, mas o melhor é ficar longe dessas "ofertas".
Outrossim, é possível encontrar boas alternativas de acessórios e canetas por preços acessíveis no mercado chinês, facilitado pelas compras online. Conversores universais, por exemplo, podem ser comprados por R$1,00. Há ofertas de canetas tinteiro retrátil, de corpo em madeira e até vacuum fill.
A vacuum fill Wing Sung 699 em particular é uma caneta incomum nos dias de hoje. A Sheaffer produziu canetas com este sistema de enchimento entre 1934 e 1949. Hoje é quase impossível encontrar uma caneta dessas e as que aparecem são muito caras. A 699 pode ser comprada por U$30,00. Claro, não é a mesma coisa, mas para quem quiser ter a sensação indescritível de usar este sistema de abastecimento que enche o grande reservatório com apenas um golpe é uma boa alternativa. As canetas são transparentes, o que permite ao consumidor ver todo o processo.
Antigamente as canetas tinteiro eram fabricadas de forma quase artesanal, com os melhores materiais e testadas uma a uma. Ainda há fabricantes que mantêm essa prática, o que eleva bastante o custo e consequentemente o preço final. São canetas para durar décadas e são essas as preferidas pelos colecionadores.
É claro que as canetas mais baratas como as chinesas são produzidas em série por processos fabris menos cuidadosos. Mas isso não quer dizer que não sejam boas canetas para o uso diário. Entretanto, no futuro, é pouco provável haver procura por elas no mercado de usados.