A peça mais importante da caneta tinteiro é mais conhecida como pena, nome derivado dos primórdios da escrita, quando eram utilizadas penas de aves aparadas como canetas. Daí também vem a origem do nome aparo. As pontas destes instrumentos eram mergulhadas em tinta e depois usadas na escrita. Em inglês é referida como "nib" e em espanhol pluma.
Com o tempo e avanços tecnológicos, as penas passaram a ser confeccionadas em metal, e até hoje equipam as canetas tinteiro. Ligas metálicas de muitos tipos são usadas. Basicamente são ligas de aço que podem ser revestidas de outros metais, como o ouro por exemplo. Penas de ouro são mais caras, mas mesmo elas podem ser consideradas ligas, pois o ouro puro é um metal demasiado mole.
As penas em sua maioria são bipartidas, formando duas pernas (“tines”), para obter um canal por onde a tinta flui. Em sua maioria também possuem um orifício onde a bipartição começa, para melhorar a resistência do conjunto.
Duas características importantes das penas são: espessura e flexibilidade. A espessura está relacionada à escrita, como fina, média, grossa, etc. A flexibilidade permite formatos variados de estilos em função da pressão e torção da pena durante o uso. Normalmente as penas são mais rígidas que flexíveis, para proporcionar uma escrita de espessura uniforme.
Com a descoberta de metais mais duros que o aço no século XIX, como o irídio e outros, passou-se a engastar uma pequena ponta destes metais na extremidade das penas, resolvendo o problema do desgaste metálico das pontas devido ao atrito com o papel e também a corrosão provocada pela tinta. Devido ao alto custo do irídio, outros metais mais baratos e menos raros também são usados atualmente, apesar de costumeiramente serem genericamente chamados de iridium.
Além das penas comuns de canetas tinteiro, existem penas menos populares, usadas principalmente em caligrafia. São chamadas "Stub" e são fabricadas em variados formatos de ponta, para diversas espessuras, retas e oblíquas, o que permite aos calígrafos infinitos efeitos especiais de escrita, combinando as diferenças proporcionadas pela variação da movimentação horizontal e vertical da pena.
As penas são fixadas nos alimentadores, peças de material polimérico que as ligam ao reservatório de tinta e normalmente substituições e reparos exigem algum conhecimento ou até serviço profissional. Entretanto, alguns modelos de canetas são projetados para facilitar a substituição. Há casos de penas rosqueáveis ou apenas fixadas por pressão, que não exigem habilidades ou ferramentas para remoção e colocação.
O mais importante para uma boa conservação da pena é o uso de tintas de boa procedência, pois há tintas que podem provocar danos irreversíveis devido a corrosão e entupimento.